Vida sem dor.

Francisca Crisosthomo • 13 de julho de 2024

A intenção desse espaço é colaborar com a qualidade de vida de todas as pessoas, afinal todos merecem uma vida sem dor.


Considerando que a população mundial está envelhecendo, desenvolver um novo olhar para a pessoa idosa é fundamental, a fim de evitar preconceitos, desenvolver estratégias que melhoram a sua vida e/ou dos idosos ao seu redor.

 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) são consideradas idosas as pessoas acima de 60 anos.

 

De forma geral, na nossa sociedade pessoas entre 60 e 74 anos ainda são vistas como ativas, sendo que após essa faixa etária, a maioria tende a apresentar maior dependência, considerando a expectativa de vida próxima aos 80 anos.

 

No Brasil os idosos já somam mais de 32 milhões, segundo o censo de 2023, o que representa aproximadamente 16% da população, assim, é fundamental falar sobre a qualidade de vida na velhice.

 

Pessoa velha ou idosa?

 

O termo velho, normalmente está associado à ideia de morte, queixumes, doenças. Assim, não há como falar em envelhecer sem esbarrar no preconceito que a simples palavra velho carrega.

 

Muitas vezes ouvimos o termo sendo usado como ofensa, como um xingamento em geral. Esse tipo de fala precisa ser repensado pela sociedade em geral

 

É preciso falar sobre o processo de envelhecer, vivenciar e experienciar essa realidade que não deve ser escondida ou mascarada e sim revelada.


Não há vergonha no envelhecer, trata-se de um processo natural da vida. Velho, idoso, antigo, sábio, terceira idade...

 

Interessante notar que muitas coisas são mais valorizadas quanto mais velhas forem: vinho quanto mais velho melhor! Porcelanas, obras de arte, são consideradas antiguidades, portanto, valorizadas.

 

No Ocidente, incluindo o Brasil, a palavra velho ganhou uma conotação pejorativa, tendo sido necessária a criação do politicamente correto termo Idoso.


No oriente os mais velhos são considerados sábios e, portanto, respeitados.

 

No Japão, por exemplo, uma porcelana que está velha e quebra um pedaço ou lasca, não deve ser jogada fora, cola-se com muito carinho respeitando a imperfeição gerada pelo uso, pelo envelhecimento.

 

Esse é o conceito do Kintsugi, que é aceitar e valorizar as imperfeições, geradas pelo uso, pelo envelhecimento, pelo tempo.


Para a cultura oriental envelhecer é sinônimo de Conhecimento adquirido pelo viver, assim, os idosos, os mais velhos são sempre respeitados, e podem contribuir com sua Sabedoria obtida nas suas vivências..


O processo de envelhecimento, em geral, é lento e progressivo, fazendo com que muitos idosos não percebam suas dificuldades a não ser quando estas geram limitações mais severas.


Muitas vezes o idoso se coloca em determinadas situações de risco por não perceber ou negar suas limitações, diante da atividade realizada.



Nesse caso a presença amorosa da família pode auxiliar essa pessoa a ir percebendo essas limitações e a necessidade de aceitação das mesmas


 Acredito que para a cura desta ferida aberta na nossa sociedade, ver o idoso como inútil, incapaz e sem valor, é imprescindível maior conhecimento sobre o processo do envelhecer e o reconhecimento do valor que o idoso tem.


 Idoso podem ser uma grande riqueza para qualquer sociedade, considerando a contribuição de seu saber.


Por Francisca Crisosthomo 13 de julho de 2024
Descubra dicas essenciais para envelhecer bem e manter a saúde e qualidade de vida. Aprenda como pequenos ajustes na rotina podem trazer grandes benefícios para seu corpo e mente à medida que envelhecemos.