Vida sem dor.
A intenção desse espaço é colaborar com a qualidade de vida de todas as pessoas, afinal todos merecem uma vida sem dor.

Considerando que a população mundial está envelhecendo, desenvolver um novo olhar para a pessoa idosa é fundamental, a fim de evitar preconceitos, desenvolver estratégias que melhoram a sua vida e/ou dos idosos ao seu redor.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) são consideradas idosas as pessoas acima de 60 anos.
De forma geral, na nossa sociedade pessoas entre 60 e 74 anos ainda são vistas como ativas, sendo que após essa faixa etária, a maioria tende a apresentar maior dependência, considerando a expectativa de vida próxima aos 80 anos.
No Brasil os idosos já somam mais de 32 milhões, segundo o censo de 2023, o que representa aproximadamente 16% da população, assim, é fundamental falar sobre a qualidade de vida na velhice.
Pessoa velha ou idosa?
O termo velho, normalmente está associado à ideia de morte, queixumes, doenças. Assim, não há como falar em envelhecer sem esbarrar no preconceito que a simples palavra velho carrega.
Muitas vezes ouvimos o termo sendo usado como ofensa, como um xingamento em geral. Esse tipo de fala precisa ser repensado pela sociedade em geral
É preciso falar sobre o processo de envelhecer, vivenciar e experienciar essa realidade que não deve ser escondida ou mascarada e sim revelada.
Não há vergonha no envelhecer, trata-se de um processo natural da vida. Velho, idoso, antigo, sábio, terceira idade...
Interessante notar que muitas coisas são mais valorizadas quanto mais velhas forem: vinho quanto mais velho melhor! Porcelanas, obras de arte, são consideradas antiguidades, portanto, valorizadas.
No Ocidente, incluindo o Brasil, a palavra velho ganhou uma conotação pejorativa, tendo sido necessária a criação do politicamente correto termo Idoso.
No oriente os mais velhos são considerados sábios e, portanto, respeitados.
No Japão, por exemplo, uma porcelana que está velha e quebra um pedaço ou lasca, não deve ser jogada fora, cola-se com muito carinho respeitando a imperfeição gerada pelo uso, pelo envelhecimento.
Esse é o conceito do Kintsugi, que é aceitar e valorizar as imperfeições, geradas pelo uso, pelo envelhecimento, pelo tempo.
Para a cultura oriental envelhecer é sinônimo de Conhecimento adquirido pelo viver, assim, os idosos, os mais velhos são sempre respeitados, e podem contribuir com sua Sabedoria obtida nas suas vivências..
O processo de envelhecimento, em geral, é lento e progressivo, fazendo com que muitos idosos não percebam suas dificuldades a não ser quando estas geram limitações mais severas.
Muitas vezes o idoso se coloca em determinadas situações de risco por não perceber ou negar suas limitações, diante da atividade realizada.
Nesse caso a presença amorosa da família pode auxiliar essa pessoa a ir percebendo essas limitações e a necessidade de aceitação das mesmas
Acredito que para a cura desta ferida aberta na nossa sociedade, ver o idoso como inútil, incapaz e sem valor, é imprescindível maior conhecimento sobre o processo do envelhecer e o reconhecimento do valor que o idoso tem.
Idoso podem ser uma grande riqueza para qualquer sociedade, considerando a contribuição de seu saber.